sábado, 25 de novembro de 2017

BALANÇO


Nestes dois anos que leva de primeiro-ministro, António Costa conseguiu tudo o que em Novembro de 2015 parecia impossível.

A saber: a sociedade, crispada até ao paroxismo, distendeu; a paz social tem sido uma constante; o respeito internacional impôs-se (sirva de exemplo a eventual candidatura de Centeno à presidência do Eurogrupo); o sistema financeiro interrompeu a marcha para o abismo; a economia deu o maior salto dos últimos 50 anos; atingiu-se o défice mais baixo desde 1973; o PIB aumentou; o desemprego regressou ao nível de 2008; as obrigações do resgate têm sido aliviadas com pagamentos adiantados ao FMI; o país saiu do procedimento por défice excessivo; a Standard & Poor’s retirou Portugal do patamar de notação mais baixo; funcionários públicos e pensionistas libertaram-se do garrote do Governo PSD/CDS; foram revogadas leis ominosas do período 2011-15; as eleições autárquicas foram um barómetro eloquente; o apoio parlamentar do BE, do PCP e do PEV tem sido irrepreensível. Assim por alto é do que me lembro.

Mas não convém deitar foguetes. Uma trapalhada como a da putativa transferência do Infarmed pode deitar tudo a perder.